sexta-feira, 21 de agosto de 2009

A FORMIGA E O ELEFANTE


Inicio agora a narração

De um amor improvável

Entre um elefante fanfarrão

E uma formiga amigável.


A formiga trabalhadora

O elefante, roncador

No caminho da lavoura

Descobriram o amor.


Ela marchava em fila

Com uma folha sobre a moleira

Resolveu descansar tranquila

Sob a sombra de uma mangueira


O elefante se aproximou

E quase esmagou a formiga

Mas uma desculpa bastou

E ela logo virou sua amiga.


Mas essa amizade se transformaria

Num sentimento promissor

A convivência faria

Amizade virar amor


Mas eram tão opostos

Que esconderam o sentimento

Eles estavam dispostos

A escolher o sofrimento.


Não demoraram muitos dias

E eles logo se entregaram.

Um namoro surgia

Para surpresa dos que desacreditaram


Era um namoro sem beijo

Já que ele era tão grande e ela pequena

Eles viviam de desejo

E todos os outros, de pena.


Só que o amor era intenso

E longo tempo duraria

Mas o elefante tão tenso

Um beijo à formiga pediria.


A formiga subiu em seu rosto

e lhe deu um beijo de conto de fada

Mas para o seu desgosto

Não sentiria nem uma picada.


O elefante de repente se sentiu sozinho

E logo pôs-se a chorar

Como iria viver sem o carinho

De alguém que só sabia amar?


E a história terminaria tragicamente

Diferente de como começou

O elefante se culpou pra sempre

Por que a formiga em sua lágrima, se afogou.


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